segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Odisseia - Parte III - Capítulos 19 ao 21

19
Logo que os pretendentes se foram, Ulisses e Telêmaco
começaram a preparar a batalha que travariam em breve.
Esconderam as armas de Ulisses, ajudados por Atena, que
iluminou o palácio de uma forma tão prodigiosa, que só poderia ser
obra de um deus.
Depois Telêmaco foi se deitar, enquanto Ulisses, no salão,
planejava com Atena a morte dos pretendentes.
Penélope mandou trazer uma cadeira para junto da lareira,
enquanto as servas limpavam a sala.
Uma das aias começou a destratar Ulisses, mas Penélope
repreendeu-a, dizendo que queria falar ao forasteiro e mandou que ele
se sentasse junto a ela. Perguntou quem ele era, de onde vinha, onde
era a sua cidade e quem eram seus pais.
Ulisses, que não queria se revelar ainda, disse que não
responderia, para não sofrer lembranças penosas.
Penélope então lamentou muito a ida de seu esposo para a
guerra e sua demora em voltar. E contou que os príncipes das
redondezas a assediavam com propostas de casamento, acreditando
que Ulisses estava morto. A tal ponto esses príncipes a aborreciam, que
ela havia inventado um artifício. Declarou que não poderia casar-se,
enquanto não terminasse de tecer o sudário no qual estava trabalhando
e que se destinava a seu sogro, Laertes.
Penélope contou que durante dias e dias teceu sua teia. Mas
durante noites e noites a desfez. Assim, o trabalho não progredia. Dias e
dias, depois meses e anos, foram se passando. Quando chegou o quarto
ano em que os príncipes eram assim enganados, uma das aias revelou
aos jovens a verdade e levou-os, à noite, para que surpreendessem a
rainha enquanto ela desmanchava o trabalho feito durante o dia.
Os príncipes ficaram muito zangados e exigiram que a rainha
concluísse o trabalho sem mais demora.
O próprio Telêmaco — concluiu Penélope — se aborreceu com o
fato de os pretendentes, instalados dentro da casa, estarem dilapidando
seus bens.
— E agora, forasteiro — perguntou a rainha — quem^és e de
onde vens?
Nosso herói, não conseguindo fugir à pergunta, inventou uma
longa história, contando inclusive ter estado com Ulisses em Creta, sua
ilha natal, a caminho de Tróia.
Penélope comoveu-se muito e chorou lágrimas sem fim. Mas,
para pôr à prova o estrangeiro e ver se ele estaria falando a verdade,
perguntou qual era o aspecto de Ulisses e que roupa ele vestia quando
se encontraram.
É claro que ele soube responder muito bem, descrevendo os
trajes de Ulisses e mencionando até o nome de um dos seus
companheiros, o que convenceu Penélope de que a narrativa do
estranho era verídica.
Ulisses também disse a Penélope que tinha notícias recentes de
seu marido: ele estava vivo e chegaria em breve, carregado de riquezas.
Penélope ficou tão contente com as notícias, que chamou suas
servas e deu ordem para que lavassem os pés do forasteiro,
arrumassem para ele um leito e de manhã o banhassem e vestissem.
Mas Ulisses recusou todos esses cuidados. Apenas aceitou que a
mais velha das aias lhe lavasse os pés.
Penélope então chamou Euricléia, pedindo-lhe que lavasse os
pés do viajante, que teria certamente a idade de Ulisses.
A velha senhora lamentou-se muito por seu amo, que não havia
regressado, e disse ao forasteiro que o achava extraordinariamente
parecido com Ulisses.
Ulisses concordou com Euricléia, dizendo que muitas pessoas
que conheciam Ulisses haviam dito a mesma coisa.
Euricléia foi preparar a água para fazer o que Penélope
ordenara.
Ulisses, prevendo que a aia podia reconhecê-lo, por uma grande
cicatriz que ele tinha no joelho, dirigiu-se para longe da luz da lareira.
De fato, assim que a aia começou a lavá-lo, reconheceu essa
cicatriz, causada por um javali, numa viagem de Ulisses ao Parnaso, à
casa de seu avô.
Mas Ulisses pediu a Euricléia que nada dissesse, e a velha ama
calou-se, lavou-lhe os pés e retirou-se.
Ulisses então aproximou seu banco da rainha.
E Penélope contou a ele um sonho que tivera. No sonho, vinte
gansos se aproximavam dela. Mas subitamente vinha da montanha
uma águia enorme e quebrava o pescoço de todos eles.
— O que significa esse sonho? — perguntou a rainha.
— O sentido do sonho está claro — respondeu o mendigo. —
Ulisses chegará em breve e matará todos os pretendentes.
Penélope contou então, ao próprio marido, que iria propor aos
pretendentes uma competição com as achas, armas que eram parecidas
com um machado. Penélope continuou:
— Vou alinhar doze achas. Cada um dos pretendentes terá
primeiro que armar o arco de Ulisses e varar todas as achas com uma
só flecha. Aquele que conseguir fazer isso, terá a minha mão.
Ulisses respondeu:
— Venerável senhora, esposa de Ulisses, filho de Laertes. Não
adies mais essa competição. Começa isso amanhã mesmo.
Penélope saudou o forasteiro e subiu para seus aposentos, onde
Atena fez que ela adormecesse suavemente.

20
Ulisses acomodou-se para dormir e viu quando algumas das
servas saíram para encontrar-se com os pretendentes.
Seu coração bateu com força, revoltado com o comportamento
das moças. Sua vontade era matar uma por uma, por desrespeitarem
dessa maneira a casa em que moravam. Mas bateu no peito com força,
dizendo: "Agüenta, coração! Já passaste por coisas piores!".
Ulisses não conseguiu dormir, preocupado com a dificuldade
que tinha pela frente: liquidar aqueles homens insolentes que haviam
se intrometido em sua casa.
Então Atena, sob a forma de uma mulher, chegou junto dele e
acalmou-o, garantindo que o apoiaria em tudo que e4e precisasse.
No seu leito, Penélope também não conseguia dormir e chorava.
Chorava, lembrando da promessa que tinha feito e rezando a Ártemis,
pedindo que fosse arrebatada do palácio e lançada ao mar, para não ter
que se entregar a alguém que, certamente, seria inferior a seu marido.
Quando Ulisses acordou, com a chegada da Aurora, ouviu a voz
de Penélope, ainda se lamentando.
Angustiado, saiu do palácio e lá fora, rezou a Zeus. Pediu que ele
enviasse um sinal, que mostrasse que o apoiava. E que este sinal fosse
notado não só por ele, mas por alguém da casa.
No mesmo momento um forte trovão se fez ouvir. E uma aia que,
cansada, trabalhava até aquela hora, ouvindo o trovão exclamou:
— Esse trovão, no céu estrelado, só pode ser um presságio.
Desejo, em meu coração, que seja sinal de que hoje, pela última vez, os
pretendentes vão se reunir aqui.
O divino Ulisses alegrou-se, cheio de esperança.
As outras servas já estavam acordadas e tinham acendido o
fogo.
Telêmaco levantou-se, vestiu-se e armou-se. Perguntou a
Ericléia pelo hóspede e foi informado do que tinha acontecido. E saiu
em direção à praça.
Euricléia tratou de pôr a casa em ordem para o festim diário.
Então, o porqueiro chegou com três porcos para a festa.
Cruzando com Ulisses, perguntou-lhe se os pretendentes o tinham
respeitado ou não. Enquanto conversavam, Melântio, o cabreiro,
aproximou-se com várias cabras e voltou a desafiar Ulisses. Mas Ulisses
não lhe respondeu.
Em seguida chegou Filécio, que cuidava dos bois, trazendo uma
vaca e mais algumas cabras.
Perguntou quem era o desconhecido, mas, ao contrário de
Melântio, teve pena dele e saudou-o com compaixão, lamentando-se
pela ausência de Ulisses, seu rei.
Ulisses respondeu-lhe prometendo que ele, o boiadeiro, não
sairia da mansão sem que seu senhor tivesse chegado e que iria assistir
à morte dos pretendentes.
Filécio alegrou-se e disse:
— Espero que o filho de Cronos faça que isso aconteça, e então,
forasteiro, você verá a minha força e como os meus braços são capazes
de lutar.
Enquanto isso, os pretendentes, já reunidos na agora,
planejavam a morte de Telêmaco.
Mas, de repente, apareceu no céu uma águia poderosa com uma
pequena pomba no bico, o que foi tomado por eles como um presságio
de que seus planos não iriam dar resultado.
Voltaram ao solar, onde Telêmaco já havia acomodado Ulisses
num banco junto a uma pequena mesa e havia servido o hóspede com
carne e vinho. O rapaz então falou alto, para que todos ouvissem que
ele, pessoalmente, guardaria o viajante contra novas desfeitas.
Essa demonstração de autoridade por parte de Telêmaco deixou
a todos espantados, mas, como todos os dias, no solar de Ulisses
começou o banquete.
Por ordem de Telêmaco, os servos puseram diante de Ulisses
porções iguais às que os próprios pretendentes receberam.
Atena não permitiu que os pretendentes se contivessem e
parassem de ofender o hóspede, para que assim o coração de Ulisses
ficasse cada vez mais ressentido, preparando a vingança.
Um dos convivas, Ctesipo, homem riquíssimo que cortejava
Penélope todos os dias, fez notar que Ulisses estava recebendo no
banquete porções iguais aos outros. E que ele mesmo queria dar ao
mendigo um presente de hospitalidade.
Pegou numa cesta uma pata de boi e atirou-a sobre o estranho,
mas Ulisses desviou-se e não foi atingido.
Telêmaco, furioso, disse a Ctesipo:
— Ainda bem que você não acertou o golpe. Porque, se ferisse
meu hóspede, eu mesmo o trespassaria com minha espada. E seu pai,
em vez de cuidar do seu casamento, teria que cuidar do seu funeral.
Chega de tanta insolência. Prefiro que me matem de uma vez a
continuar a sofrer tantas desfeitas.
Os pretendentes se calaram.
Por fim Agelau, também pretendente à mão de Penélope, tomou
a palavra e aconselhou Telêmaco a insistir com Penélope para que ela
se casasse com um dos príncipes.
Telêmaco respondeu que não impediria o casamento de sua
mãe, mas também não queria constrangê-la a sair de sua casa.
Então Atena fez que os pretendentes começassem a rir um riso
louco, sem razão, enquanto suas bocas mordiam as carnes sangrentas
e seus olhos vertiam lágrimas incontroláveis.
Teoclímeno, o adivinho que Telêmaco havia trazido de Pilo,
levantou-se com seu aspecto imponente e disse:
— Infelizes! O que se passa com todos? Suas cabeças, seus
rostos, seus joelhos estão envoltos em treva! Ouçam os lamentos, vejam
as lágrimas que lhes correm dos olhos, as paredes e o forro salpicados
de sangue! Vejam os fantasmas que pairam pela casa! O sol sumiu do
céu e uma escuridão medonha cobriu tudo!
Sem se aperceber da desgraça que estava se aproximando, todos
riram muito. Eurímaco chegou a chamar os servos para levarem
Teoclímeno embora; o hóspede, entretanto, disse que não precisava de
ajuda, mas que podia prever a ruína que se aproximava e que não
pouparia nenhum deles.
Os pretendentes continuavam a troçar dos hóspedes de
Telêmaco, mas ele, sereno, observava seu pai, esperando pela hora da
vingança!
Penélope, sentada numa bela cadeira, ouvia as conversas de
todos, que comiam e bebiam sem desconfiar que nenhuma refeição
seria tão terrível quanto a que seria servida em breve por uma deusa e
por um herói valente.

21
Atena, de olhos glaucos, inspirou Penélope para que propusesse
aos pretendentes uma disputa.
A senhora subiu a escadaria até seus aposentos e apanhou uma
chave de bronze com um anel de marfim.
Dirigiu-se à câmara onde eram guardados os tesouros da
família. Lá, encontrou o arco de Ulisses, que tinha sido presente de seu
amigo Ífito. Sentou-se com o arco no colo e muito chorou, e se lamentou
pela ausência do marido.
Então desceu para o salão e dirigiu-se aos pretendentes:
— A vós, que invadistes esta casa para comer e beber à vontade,
sob o pretexto de desejarem casar-se*comigo, aqui estou, como prêmio
a ser disputado. Aqui está o arco do divino Ulisses. Aquele que
conseguir empunhar o arco, retesar a corda e, com uma flecha,
trespassar as doze achas que Telêmaco vai dispor em fila, a este eu hei
de seguir, abandonando o palácio onde me casei, tão belo que hei de
lembrar-me dele para sempre.
Chamou Eumeu, o guardador de porcos, e mandou que ele
entregasse o arco aos pretendentes. O servo recebeu o arco de seu
senhor com lágrimas nos olhos. Também o vaqueiro chorou quando viu
a arma.
Mas Antínoo repreendeu os serviçais, dizendo que fossem chorar
lá fora; e disse ainda que não acreditava que nenhum dos homens fosse
capaz de armar o arco. Mas, no íntimo, ele achava que era capaz disso.
Mal sabia que seria ele o primeiro a provar as flechas disparadas por
Ulisses.
Então, Telêmaco falou:
— Zeus, filho de Cronos! Terei perdido o juízo? Minha querida
mãe acaba de prometer ir embora desta casa com o ganhador de uma
disputa e eu estou aqui alegre e risonho, de coração leve? Mas não
devemos mais demorar. Vamos começar a disputa.
E o rapaz despiu o manto escarlate, tirou do ombro a espada e
começou a fincar no chão as achas, uma a uma, até formar uma fila
perfeita.
Experimentou encurvar o arco, para armá-lo, mas por três vezes
não conseguiu fazê-lo. Ulisses, porém, acenou-lhe para que não
continuasse a tentar.
Telêmaco então chamou os pretendentes para que começassem
a disputa.
Antínoo também os estimulou a iniciar o concurso.
O primeiro a se apresentar foi Líodes, mas ele logo desistiu e
duvidou de que algum dos outros conseguisse realizar a proeza.
Antínoo repreendeu-o, dizendo que só porque ele não havia
conseguido, nem por isso outros não o conseguiriam. Mandou que
Melântio acendesse o fogo e fosse buscar um pedaço de sebo, para que
engraxassem o arco e a corda.
Mas, mesmo assim, nenhum dos pretendentes conseguiu
manejar o arco.
Os últimos a tentar foram Antínoo e Eurímaco.
Enquanto isso, fora da casa, Ulisses falava com o vaqueiro e o
guardador de porcos. Revelou quem era e mostrou a eles a cicatriz que
tinha na perna, feita por um javali no Parnaso.
Assim que viram a cicatriz, eles reconheceram que ali estava o
intrépido Ulisses. Abraçaram e beijaram o amo, entre lágrimas.
Ulisses pediu que parassem de chorar e se lamentar, pois
alguém poderia sair da casa e perceber o que estava acontecendo.
Então disse:
— Agora, vamos entrar um por um. Vou dizer que também quero
retesar o arco. Os pretendentes não vão permitir, mas Eumeu é que vai
transportar o arco. Deve entregá-lo em minhas mãos. Depois, deve dizer
às mulheres que tranquem as portas do salão; mesmo que ouçam
ruídos de batalha, não entrem. Fiquem quietas, cada qual no seu
trabalho. Filécio, por sua vez, deve trancar os portões do pátio e
amarrá-los com uma correia.
Ulisses entrou e sentou-se de novo no banco onde tinha estado
antes.
Os servos entraram logo depois.
Neste momento, Eurímaco estava tentando retesar o arco, mas
não conseguiu.
Lamentou-se, embora não estivesse tão interessado no
casamento:
— Afinal — disse ele — há outras mulheres com quem podemos
nos casar. O que me incomoda — continuou — é o fato de sermos
menos fortes do que Ulisses, que era capaz de armar este arco, como fez
muitas vezes.
Mas Antínoo consolou o amigo, dizendo que podiam tentar
novamente no dia seguinte.
Todos gostaram da, proposta, lavaram as mãos e começaram a
beber, como sempre faziam.
Ulisses, então, pediu licença para tentar retesar o arco. Os
pretendentes ficaram furiosos e Antínoo chamou sua atenção, dizendo
que ele com certeza tinha bebido muito e devia estar fora de seu juízo.
Nesse momento Penélope interveio e disse que não era justo
destratar um hóspede de Telêmaco; não era preciso temer o estranho,
pois ele não tinha a intenção de desposá-la.
Eurímaco respondeu a Penélope:
— Não tememos que o hóspede a leve como esposa. Mas o que
dirá o povo, sabendo que não somos capazes de armar o arco de Ulisses
e que um desconhecido é capaz de fazê-lo?
Ao que Penélope respondeu:
— Quem invade a casa de um fidalgo e devora-lhe os bens não
pode querer manter sua boa reputação. Dai o arco ao forasteiro. Se ele
conseguir manejá-lo, eu lhe darei muitos presentes.
Mas Telêmaco interferiu na discussão:
— Quem aqui tem autoridade para dar ou negar o arco ao
forasteiro sou eu. Volte aos seus aposentos que os homens cuidarão
desse problema.
Penélope, espantada com a autoridade do filho, voltou para seu
quarto, onde Atena a fez adormecer.
Eumeu apanhou o arco para levá-lo para Ulisses, mas os
pretendentes começaram a ameaçá-lo e ele, amedrontado, largou a
arma.
Telêmaco interveio novamente, com grande autoridade, e, apesar
do deboche dos pretendentes, fez que o porqueiro levasse a Ulisses o
pesado arco.
Imediatamente Eumeu dirigiu-se a Euricléia para transmitir a
ordem de Ulisses, de que fossem trancadas todas as portas do salão.
Ao mesmo tempo, Filécio dirigiu-se aos portões, trancou-os e
amarrou-os com uma correia. Em seguida, voltou para a casa e sentouse
num banco em frente a Ulisses.
Ulisses tinha o arco nas mãos e o examinava por todos os lados.
Os pretendentes perceberam que o forasteiro tinha experiência
com armas.
Então, com a facilidade com que um conhecedor de lira retesa
uma corda numa cravelha nova, Ulisses armou sem esforço o arco.
Puxou a corda bem esticada e ela soou como se fosse a voz de
uma andorinha.
A face dos pretendentes mudou de cor, por despeito e espanto.
Ouviu-se no céu um grande trovão, mandado por Zeus.
Ulisses alegrou-se, reconhecendo o sinal do filho de Cronos.
Apanhou uma seta que jazia a seu lado, enquanto as outras que
em breve atingiriam os aqueus permaneciam na aljava.
Apoiou a seta no punho do arco e retesou a corda. E, sem se
levantar de onde estava sentado, desfechou a seta certeira contra as
achas enfileiradas por Telêmaco e varou-as todas de uma só vez.
E então disse a Telêmaco:
— Viu, Telêmaco? Seu hóspede não o envergonhou. Ainda tenho
bastante vigor para armar um arco sem esforço. E vamos agora
preparar a ceia para os aqueus, antes que escureça.
Fez um sinal a Telêmaco, que imediatamente armou-se com
espada e lança e postou-se junto dele com as armas de bronze
brilhando.

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